Durante muito tempo fomos renegados...
Nos apresentamos como negros, pardos, caboclos, pobres, de fala mansa e sem tino de doutor...
Em alguns casos, nos chamaram de diabo! E assim é... somos os diabos que você tem em seu interior... somos o seu medo de se enfrentar.
Represento o esgotamento do negativo e este... ah, este meu filho, nem você quer encarar...
Nos fizemos crianças alegrando o ambiente, nos apresentamos como preto-velho, exu, caboclo, boiadeiro, marinheiro, semeador...
Somos o povo da água e das florestas, somos o Povo de Aruanda e tudo que ela abarca e encerra...
Não vim aqui pra dar lição de moral, filho... vim pra aplicar a lei do Pai, a lei maior... a que cria o bem e encerra o mal, onde ele se manifesta...
Tudo é possível na cabeça de um Criador... mas vocês agem na lei do mais fraco, deturpando, desviando, julgando sem propósito.
É aí que nós entramos... para desfazer o que não é real, trazer luz na escuridão, preencher com o amor o coração disposto a reconhecer o amor.
Não quero rótulos e nem reconhecimento de vocês... só quero respeito, como qualquer servidor da luz, do Pai e da Mãe.
Então, meu filho antes de me julgar, abra seu coração e deixe que um pingo de ternura encerre a mágoa que lhe trouxe aqui...
Pois, te digo, se isto lê é porque se afinizou comigo, com a minha essência manifestada e com todo o Povo que tenho a honra de representar...
Não sou luz, não sou nada, não sou diabo, nem esplendor...
Sou o vazio que tudo cabe, na criação do Pai e da Mãe, quero manifestar o poder da criação, em gestos, atitudes, perdão...
Que vocês, meus filhos que aqui "caíram" procurando uma palavra, agradeço e me sinto em festa pelo poder de me comunicar.
Agradeço o veículo que se fez instrumento, sem julgamento, pois com amor Eu sou!
Exu Caveira.
Mensagem recebida em 19/11/2015 às 17:59h (GMT -3).
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